(via Bruaá Editora ). Afinal há vida, e não múmias, para além dos finais felizes.
«O título do livro pensara nele enquanto olhava fixamente para a montra de uma pastelaria cheia de porquinhos de maçapão. Há já algum tempo que eu andava interessada na questão do canibalismo simbólico.Na altura, eram os bolos de casamento, encimados pelos seus noivos de açúcar, que muito em particular me fascinavam», Margaret Atwood
terça-feira, 30 de junho de 2009
After the happy end
(via Bruaá Editora ). Afinal há vida, e não múmias, para além dos finais felizes.
domingo, 28 de junho de 2009
Os silêncios da fala
São tantos
os silêncios da fala
De sede
de saliva
de suor
Silêncios de sílex
no corpo do silêncio
Silêncios de vento
de mar
e de torpor
Depois há as jarras
com rosas de silêncio
Os gemidos
nas camas
As ancas
o sabor
O silêncio que posto
em cima do silêncio
usurpa do silêncio o seu magro labor
Maria Teresa Horta, in «Inquietude»
terça-feira, 23 de junho de 2009
Canibalismos
Bem vistas as coisas, isto não mudou assim tanto. Agora, em vez de canibais, chamam-lhes pedófilos. São «horas do Diabo», diz quem "trincou" uma miúda de 13 anos.
Os 13 anos parecem uma idade perigosa.
Queima controlada
Exercício de amar: ensinar a levantarmo-nos do chão, mesmo quando estamos de pés e braços atados.
A infância ainda é tempo de simulação. A vida adulta ensina que não há condescendência para uma infância flor de estufa.
Proteger: entregar quem se ama a uma dor domesticável, no tempo das amoras subtraídas às silvas.
A queima controlada da inocência.
segunda-feira, 22 de junho de 2009
Afinal qual o berço?
E se afinal D. Afonso Henriques tivesse nascido em berço viseense? Os manuais escolares ensinaram-nos a olhar para Guimarães e imaginar ser aquele o local onde D. Teresa terá dado à luz o primeiro rei português. No entanto, o historiador medievalista A. de Almeida Fernandes (nascido em 1917, em Britiande, Lamego, e falecido em Tarouca, em 2002) juntou provas documentais que atestam a possibilidade de D. Afonso Henriques ter nascido em Viseu, em meados de Agosto de 1109.
Este trabalho resultou de uma encomenda feita pela Unidade Vimarenense – Associação para o Desenvolvimento de Guimarães e sua Região. A associação pediu a A. de Almeida Fernandes que averiguasse onde nasceu D. Afonso Henriques, visto ter sido levantada a hipótese de Coimbra ser o berço do rei. A tese foi pela primeira vez publicada na Revista Beira Alta (1990-91) e em edição do Governo Civil de Viseu em 1993. A Fundação Mariana Seixas decidiu, em 2007, publicar, de novo, a tese de A. de Almeida Fernandes, uma vez que esta se encontrava esgotada.
A hipótese que defende que o nascimento de D. Afonso Henriques terá ocorrido em Guimarães carece de base documental. Então, por que se atribui à cidade minhota o berço do nascimento do primeiro rei português? Na obra «Viseu, Agosto de 1109, Nasce D. Afonso Henriques», A. de Almeida Fernandes alude que, na origem, poderá estar o facto de Guimarães ser palco dos principais acontecimentos de 1126-1128, iniciados no ano seguinte à iniciativa de D. Afonso Henriques se ter armado a si próprio cavaleiro, quando tinha 16 anos.
Segundo A. de Almeida Fernandes, Viseu guardava, desde a primeira metade do séc. X, a tradição de residência real e de verdadeira capital do reino. Do séc. XI para o XII, perante o alargamento dos domínios até ao Tejo, D. Henrique e D. Teresa tiveram necessidade de transferir para o sul do Douro a sua sede, a qual teriam em Guimarães. «Seria, pois, Viseu a residência mais naturalmente indicada – até porque na mais exposta Coimbra a densa moçarabia não lhes era convenientemente afecta. Se bem que existiam oposições moçárabes em todo o território ao sul do Douro, elas eram em Viseu praticamente nulas. Nota-se que, enquanto os ataques a Coimbra então, pelos Mouros, são frequentes, não se conta um a Viseu: muito maior segurança (…)», é descrito pelo historiador.
Almeida Fernandes defende ainda ser notória «uma grande predilecção de D. Teresa por Viseu, na correspondência ou em razão da dos Visienses por ela: a região é, largamente, aquela, em todo o Portugal de então, que mais actos e documentos de D. Teresa conta».
Tendo D. Afonso Henriques nascido em Julho ou Agosto de 1109 e estando D. Teresa nessa altura em Viseu, não restam, para o historiador, dúvidas de que Guimarães não acolheu o nascimento do primeiro rei português.
Em, «Viseu, Agosto de 1109», o historiador sustenta que D. Teresa não assistiu à morte nem às exéquias do pai, nem à cerimónia traditio super altare, em Coimbra, no regresso do conde D. Henrique da expedição a Sintra, tendo-se mantido em Viseu por uma razão: o nascimento do filho. Em sua substituição, D. Teresa mandou uma deputação representativa, «dando nela o lugar principal» a viseenses populares.
«Os indícios da residência de D. Teresa em Viseu depois do nascimento de D. Afonso Henriques são, pode dizer-se, directos (com manifestações em 1117, 1119 ou 1120, e 1127, pelo menos)», refere A. de Almeida Fernandes.
Têm sido publicados vários estudos relativos à figura de D. Afonso Henriques, propondo distintas teses sobre o seu local de nascimento. O historiador José Mattoso corrobora a tese defendida por A. de Almeida Fernandes. Na biografia «D. Afonso Henriques», Mattoso menciona que «a demonstração feita por Almeida Fernandes alcançou verosimilhança suficiente para se admitir como possível, ou mesmo a mais provável, até que outras provas sejam apresentadas em contrário». «É de facto admissível, com base nos documentos por ele invocados, que D. Afonso Henriques tivesse nascido em Viseu por meados do mês de Agosto de 1109», indica José Mattoso.
sexta-feira, 19 de junho de 2009
quinta-feira, 18 de junho de 2009
Ó PETA vai-te encher de moscas
Verão a conta-gotas
Sei que vou gostar do cheiro a terra molhada. E do apaziguar chilreante dos céus.
quarta-feira, 17 de junho de 2009
É oficial: o Verão entrou em mim
Diz o coxo do manco
«O país cansou-se dessa arrogância que não é uma questão de forma, é de essência. O país cansou-se do excesso de propaganda e do défice de autenticidade».
[Será que ele se ouve a ele próprio ou será surdo que nem uma porta? Já agora,alguém sabe explicar-me por que razão se diz que uma porta é surda? É que uma mesa também será surda e ninguém usa a expressão: surda que nem uma mesa! E não acredito que a expressão tenha sido criada a pensar na família Portas.Outras coisas se atribuem às portas, mas fico-me pela surdez]
terça-feira, 16 de junho de 2009
Difamação II
O Tribunal de S. Pedro do Sul condenou dois jornalistas pelo crime de difamação, a propósito de uma notícia que fazia menção ao próprio Tribunal de S. Pedro do Sul. Ironias.
Fernando Giestas foi condenado à pena de 270 dias de multa e Isabel Bordado a 290 dias, à taxa diária de sete euros, o que totaliza 1.890 e 2.030 euros, respectivamente.
Depois de sete meses de julgamento, o tribunal voltou a condená-los, por considerar que “quiseram lançar a suspeita de que o responsável pelo processo de alienação do mobiliário antigo”, José Barros, tinha, “ao arrepio dos critérios legais”, favorecido a Santa Casa da Misericórdia relativamente a outras instituições e associações do Concelho.
*Considerou também que quiseram lançar a suspeita de que José Barros “decidiu atribuir a maioria das peças de mobiliário” à Santa Casa “porque tinha a garantia de que, se assim acontecesse”, posteriormente esta “doaria alguns desses bens aos funcionários que nessa altura trabalhavam no Tribunal Judicial de S. Pedro do Sul”.
Lusa/fim
Difamação I
Suspeitas sobre a Misericórdia de S. Pedro do Sul
O Tribunal de S. Pedro do Sul remodelou a maioria do mobiliário que possuía desde a inauguração, em 1973. Mobilado de novo, o tribunal teve que alienar os bens antigos. Foi o que fez. Algumas associações e instituições públicas do concelho receberam mobiliário. A maioria não recebeu. A Misericórdia de S. Pedro do Sul foi a instituição que obteve o maior número de bens. Metade do mobiliário. Sobre a instituição recaem suspeitas de que parte do mobiliário recebido foi parar a casas particulares.
Texto Fernando Giestas
A lei determina que, em caso de alienação de bens de um tribunal, as associações locais sejam contactadas directamente. Não há lugar a anúncio público. Foi o que aconteceu. Algumas associações tomaram conhecimento da alienação do mobiliário do Tribunal de S. Pedro do Sul. Outras não. De todas as instituições públicas ou associações do concelho, apenas seis receberam mobiliário. Estabelecimento Prisional Regional, Posto da GNR, Misericórdia, Grupo de Teatro Cénico, Centros Sociais de Valadares e de Vila Maior.
A disparidade das peças de mobiliário atribuídas a cada uma das instituições também não é aceite de forma pacífica em S. Pedro do Sul. A Misericórdia recebeu 34 bens; o Estabelecimento Prisional recebeu 17; o Centro Social de Valadares recebeu 6; o Posto da GNR recebeu 5; o Centro Social de Vila Maior recebeu 4; o Cénico recebeu 3.
O facto de a Misericórdia de Santo António ter sido a instituição com mais bens atribuídos causa estranheza a responsáveis de outras associações locais. Dos 69 bens, a Misericórdia recebeu 34. Das três dezenas de peças, há suspeitas de posse indevida por parte de particulares.
Alienação “está nas mãos” do secretário
Fonte da Direcção-Geral da Administração da Justiça (DGAJ) explicou ao Jornal do Centro o procedimento a seguir em caso de alienação de mobiliário de um tribunal. Depois de nenhum serviço da administração pública ter mostrado interesse no mobiliário, “os bens são considerados disponíveis para alienação, designadamente a título gratuito”. Depois é o secretário de justiça do tribunal a dar seguimento ao processo. “Consulta directamente as entidades da localidade, propondo a alienação gratuita às que se mostrem interessadas”. É o que determina o decreto-lei 307/94, de 21 de Dezembro. Um diploma vago, que não estabelece critérios de selecção, nem estipula anúncio público. Todo o processo fica sob a responsabilidade do secretário de justiça do tribunal. Um funcionário determina quem recebe e quem não recebe, sem grandes constrangimentos legais.
A fonte da DGAJ contactada pelo Jornal do Centro reconhece que “está na mão do secretário de justiça” definir os parâmetros da alienação, mas garante que o procedimento previsto na lei foi assumido pelo Tribunal de S. Pedro do Sul. O responsável garante que não tem conhecimento de nenhuma reclamação até à data, de nenhum processo de alienação de bens de um tribunal. “Normalmente, até há dificuldade em arranjar instituições que recebam o mobiliário”, dado o mau estado em que se encontram as peças.
O secretário de justiça do Tribunal de S. Pedro do Sul, José Martins de Barros, entra em contradição com o responsável da DGAJ quando diz que a alienação do mobiliário “não foi comunicada” a nenhuma instituição. As entidades “apareceram” e solicitaram os bens. Martins de Barros considera que o processo se resume a uma “questão de raciocínio”: as associações viram o mobiliário à entrada do tribunal e solicitaram os bens que interessavam.
Hóquei Clube considera-se excluído
Algumas associações do concelho de S. Pedro do Sul lamentam não ter sido informadas da alienação do mobiliário antigo do tribunal. O presidente do Termas Hóquei Clube, Joaquim Cardoso, faz uma acusação mais grave. Teve conhecimento “de que havia material para ser dado”, endereçou “uma carta ao secretário judicial do Tribunal de S. Pedro do Sul a solicitar mobiliário”, mas a “carta ficou sem resposta”. “Posteriormente, soube que a maior parte dos bens foi dada à Misericórdia”. Joaquim Cardoso está na disposição “de questionar o Ministério Público acerca dos destinos do mobiliário”. O presidente da Associação Cultural e Recreativa de Arcozelo (ACRA), Jorge Manuel Pereira, “soube a posteriori” da alienação de mobiliário. “Não chegou qualquer tipo de informação, senão também nos candidatávamos”.
Outra colectividade local, o grupo Alafum, também não tomou conhecimento do processo. José Fernando, responsável do Alafum, “teve conhecimento há dias, por um amigo”. Parte do mobiliário que o tribunal alienou “seria útil para guardar o espólio do grupo. Dava jeito”, lamenta José Fernando.
Caixa do texto principal, da responsabilidade do colega José Guilherme Lorena (que não foi constituído arguido):
Parte dos móveis “escavacados”
Misericórdia nega oferta a funcionários do tribunal
O provedor da Misericórdia de S. Pedro do Sul, Manuel Paiva, faz uma expressão de espanto quando é questionado sobre se alguns dos móveis ofertados pelo tribunal da comarca local terão sido dados a funcionários daquela instância judicial: “Não é verdade. Nenhum do mobiliário que recebemos foi oferecido a funcionários do tribunal.”
A garantia de Manuel Paiva é dada depois de confirmar a recepção de móveis antigos do tribunal: “Perguntaram-nos há uns meses se aceitávamos móveis. Respondemos positivamente, mas levou meses a decidir a doação. Temos aqui grande parte do material recebido”, diz Manuel Paiva, acrescentando que algum mobiliário foi “dado a funcionários” da Misericórdia e a “pessoas necessitadas”.
“A maior parte das secretárias que nos deram está toda escavacada. Só estão melhores os bancos corridos e os armários”, sustenta Manuel Paiva. Questionado sobre o número dos móveis recebidos, Paiva não se recorda, mas duvida que tivesse ultrapassado as 30 unidades. “Eu sei lá, vieram algumas coisas que estão para aí espalhadas, para além das que demos a quem precisasse”, afirmou.
“Nada” a esconder
Sobre a denúncia de outras associações do concelho, que consideram ter ficado excluídas do processo de distribuição de distribuição do mobiliário, Manuel Paiva diz estar “à vontade”. “Não pedimos nada e se alguém precisar de móveis pode vir cá à Misericórdia que nós oferecemos”, promete. Paiva adianta mesmo que têm sido emprestadas peças (bancos corridos, por exemplo) a outras instituições do concelho: “Os organizadores do ‘Andanças’ levaram alguma coisa há dias”, recorda.
Perante o pedido de serem vistos os móveis, Manuel Paiva concorda e, à vontade, diz que “nada há a esconder”. E conduz o Jornal do centro ao salão contíguo ao refeitório da instituição, onde se contam quatro secretárias, dois armários e um banco corrido. “O resto foi dado a quem precisasse e anda por aí emprestado, para além de outras peças melhorzinhas que aproveitámos para a Misericórdia. Mas se quiserem ver tudo, eu arranjo maneira de reunir o que o tribunal nos deu”, diz Manuel Paiva, acrescentando não se “importar” com as denúncias de favorecimento do organismo que dirige.
E repete, por mais que uma vez: “Se alguma associação quiser mobiliário pode vir cá que nós damos!” /J.G.L.
Editorial
Injustiças
O Tribunal de S. Pedro do Sul recebeu mobiliário novo. E teve que se desfazer do velho.
Há um norma legal que estabelece que em caso de alienação de mobiliário pertencente a um tribunal, a Direcção-Geral da Administração da Justiça procura, num primeiro momento, a afectação do material a outro tribunal mais carenciado.
Se nenhum quiser, indaga outros serviços no Ministério da Justiça.
E caso aí também não haja interessados, a Secretaria-Geral comunica à Direcção-Geral do Património do Estado para verificar se existe alguma entidade da administração pública que precise dos móveis.
Se nenhum serviço do Estado estiver interessado, o mobiliário é dado a instituições da localidade onde está o tribunal. Neste caso S. Pedro do Sul.
Muito bem.
Só que o mesmo diploma que define, com extremo rigor, o percurso a fazer até esgotar os interessados na administração pública não usa, do mesmo rigor, na alienação a entidades exteriores ao Estado.
Pega-se no mobiliário e entrega-se.
Sem concurso público.
Sem critérios de distribuição.
Sem preocupação em levar a informação a todas as entidades eventualmente interessadas. Todas mesmo.
E concentram-se peças numa só mão. Sabe-se lá porquê. E em nome de quê.
Não admira que as suspeições se levantem.
Não admira que as queixas se sucedam.
Não admira que a justiça se transforme em injustiça.
Isto quando bastava levar a preocupação um pouco mais longe.
Isabel Costa Bordalo
domingo, 14 de junho de 2009
sexta-feira, 12 de junho de 2009
Vício
Estou completamente viciada em Zafón. Entrei com desconfiança na obra de Carlos Ruiz Zafón. Resultado: devorei «A Sombra do Vento» e embrenhei-me, com avidez, em «O Jogo do Anjo». Quando desconfiamos da nossa própria desconfiança, às vezes, temos boas surpresas.
«- É verdade que nunca leste nenhum destes livros?
quarta-feira, 10 de junho de 2009
terça-feira, 9 de junho de 2009
Para além da espuma dos dias
Assim, talvez entendas os sentimentos que se misturam meteóricos no cruzamento de palavras e contextos. É certo que acredito no Amor...se acredito... Mas custa-me ver partir aqueles que se embrenharam nos meus dias, com uma qualquer flor cravada em segredo nos seus corpos.
Um beijo»
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Que não seja literalmente
«Gestores dizem que sector da aviação vai continuar a cair»
O Público com queda para títulos carregados de humor negro.
sexta-feira, 5 de junho de 2009
Sou toda ouvidos
Dearest Jane I should've known better
But I could'nt say hello, I didnt know why
But now I think, I think you were sad
Yes you were, you were, you were
What I say, I say only to you
Cause I love and I love only you
Dearest Jane, I want to give you a dream
That no one has given you
Remember when we found misery
We watched her, watched her spread her wings
And slowly fly around our room
And she asked for your gentle mind
Misery is a butterfly
Her heavy wings will warp your mind
With her small ugly face
And her long antenna
And her black and pink heavy wings
Remember when we found misery
We watched her, watched her spread her wings
And slowly fly around our room
And she asked for your gentle mind
Miséria
A estátua mais bem paga do país
«O El País, no último domingo, trazia uma notícia com o seguinte título: "Banca a la deriva en Portugal". De facto, os casos BPP e BPN são uma vergonha. E a nossa supervisão bancária também.
Os banqueiros implicados devem ser postos a ler livros debaixo do mesmo tecto que abriga o senhor Oliveira Costa.
E o Banco de Portugal precisa de novo governador. Deste já chega.
Vítor Constâncio é a estátua mais bem paga do país.
Ficou imóvel durante anos enquanto os bancos atropelavam os clientes nos arredondamentos dos juros.
A sua quietação não conheceu nenhuma inquietação durante os anos de gatunagem no BPN. E isso ficou caro ao país. Muito caro.
Já chega».
quinta-feira, 4 de junho de 2009
Vermelho
[António Ramos Rosa, in Deambulações Oblíquas]
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Até a mãe estranha...
Dreamtime
Descobrir, de súbito, o que queremos mesmo fazer na vida, fazer da vida, fazer com vida, traz um entusiasmo inesperado. Espero que este entusiasmo não seja passageiro, como as nuvens, mas que crie raízes para consolidar o sonho que me caiu no regaço.
Às vezes, andamos às apalpadelas, temos uma ideia etérea na cabeça, e de repente: eis, é mesmo isto. E só nos espantamos por não termos visto, há muito e com toda a clareza, o que é óbvio. Não há nariz obstruído que me tire o sorriso do peito. Por isso, nada como uma música com power para alimentar este estado de espírito.
E se ficasse sem a sua ciberhorta?
Imperdível o texto «E se de repente lesse "o seu blog não está mais disponível"?» , no Certamente!, de Paulo Querido.
O desaparecimento do 360º é o desaparecimento de 10,8 milhões de páginas e 3 milhões de links que subitamente deixarão de levar a algum lado. E estamos a falar e um serviço com a morte decretada há 18 meses.
Se o Blogspot fizesse o mesmo, 16 milhões de blogs fechavam. 420 milhões de páginas sumiam-se dos arquivos e dos motores de busca. 70 milhões de links seriam inutilizados. Pense em quantas das suas horas de dedicação eram evaporadas. Pense nisso na próxima vez que abrir um blog ou plantar a semente da sua marca num terreno sobre o qual não tem nem jurisdição nem controlo».