quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Sou toda ouvidos

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Ser filha da mãe

Imagem de Marija Strajnic


A minha mãe é uma lição de vida. Foi operada na quarta-feira passada. E hoje novamente sujeita a cirurgia (é a quinta vez desde Abril de 2007). Entre as 20h e as 22h45, gastei o chão do corredor da cirurgia, em particular junto ao elevador de serviço às enfermarias. Eu e o meu pai fomos até ao recobro, "buscá-la". É uma mulher do caraças! Sai de uma operação linda e com uma pedalada que só visto. Se há pessoa que merece cada minuto de vida é a minha mãe (não por ser minha mãe, mas por ser a mulher que é).



Na viagem de regresso a casa, o meu pai confessa que quem lhe dera a ele ter apenas um pedacinho da resistência da minha mãe. «Ela tem uma força! Cada vez a amo mais», soltou. Acho que foi a frase mais bela que ouvi sair da boca do meu pai. Não que precisasse de verbalizar o amor que sente. Porque ele, o amor, é notório. Há 32 anos. E não há cancro que destrua isso.


Se sofro muito? Sofro.


Se sou feliz? Sou.



Caros senhores desaires que teimam em me rondar a mim e à minha família, tirem o cavalinho, a égua, o asno (e o que mais quiserem) da chuva, mas não me vão derrubar. Sou filha da minha mãe. Quero estar à altura dela.




terça-feira, 13 de outubro de 2009

Acordar

Imagem de Bob Renno



Há dias em que tudo o que se quer é o sol -
- posto.

Há dias em que o que mais se quer é o mínimo

movimento.


Há dias em que o que se pede não vai além
do abraço dos lençóis.



[O desejo de estrear outro dia]




sábado, 10 de outubro de 2009

Arte de amar

Imagem de Young Kyu Yoo


Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus — ou fora do mundo.
As almas são incomunicáveis.


Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.


Porque os corpos se entendem, mas as almas não.


Manuel Bandeira



segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Escaravelho



Depois de ter comprado um dos escaravelhos reciclados do Simão Bolívar, não resisti a comprar, mais tarde, um alfinete de peito, dos anos 40/50 do século XX, representando também um escaravelho. Claro que a isto não é alheio o facto do escaravelho ser o símbolo egípcio da reencarnação. Fascinante a ideia de renovação eterna...um ser que renasce da própria decomposição.

Há objectos que esperam ser lidos. Vêm até mim para lançarem luz cá dentro.



quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Já falta pouco para limpar a paisagem





Qual é o cartaz da vossa eleição?