Imagem de Maury Perseval
(Dizem que ontem)
Um poema retirado de um lugar que visito com regularidade sequiosa: a poesia de Daniel Faria. Um post que parece 'dialogar' bem com o post da Carla de Elsinore.
(Dizem que ontem)
As mãos eram de granito
Os olhares eram de granito
De granito era a própria pedra
(Trouxeram pedra para o peito do menino)
De granito eram as palavras
Que se trocavam ao preço das moedas
Os olhares eram de granito
De granito era a própria pedra
(Trouxeram pedra para o peito do menino)
De granito eram as palavras
Que se trocavam ao preço das moedas
As moedas eram de granito
Aos balcões de granito se comprava
Aos balcões de granito se vendia
Aos balcões de granito se vendia
Os negócios eram de granito
Os sonhos
(E o granito crescia no menino)
Junto à muralha uma mulher de mão ao vento
Parecia acenar a cada barco
E chamava um nome de menino
(Ontem)
1 comentário:
Bom... muito bom...
Continuarei a bater a esta porta... nem que se transforme em pedra...
Tudo de bom
jv
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