quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Mar de Névoa

O Viandante sobre um Mar de Névoa, de Caspar David Friedrich (1818)


Menino Peer Gynt, este post é para ti. Porque O Viandante sobre um Mar de Névoa tem tudo a ver com o filme O Estranho Caso de Benjamin Button, porque tem tudo a ver contigo. E com a nossa conversa sobre. E com o modo como olho para tudo isto junto: para ti, Peer Gynt e Benjamin Button.

Em tudo vejo até a presença de um navio: no meu sonho [aquele sonho], na peça de Henrik Ibsen e no film
e de David Fincher [ri-te].

Dizias tu sobre O Estranho Caso de Benjamin Button: «Mostra um homem maduro, que vê a vida e a morte de forma muito natural, que vê a vida sem ambições. A vida como uma caminhada individual, um pouco solitária».

Sabes que um Homem, está só, tão só, na hora de entregar a vida, como oferenda, à morte. Sabes o quão lúcido foi Vergílio Ferreira, quando escreveu que «uma grande fracção da nossa vida vai para a cova connosco. Ou seja, o mais historiável de nós, mesmo para os amigos, leva uma pedra por cima». Tu sabes.


E tu não temes, não foges da solidão.



3 comentários:

Robin K disse...

Vou ficar a pensar nisto...

Beijos fortes e muito obrigado pelas tuas palavras amigas.

Liliana Garcia disse...

Robin K,

Há dias em que as coincidências nos surpreendem. Curiosamente, a pintura d' O Viandante sobre um Mar de Névoa tem muito a ver com o teu post "A montanha que sinto ser".

O meu post acaba também por intercomunicar com o teu texto :)

Violet disse...

Um caminho é sempre trilhado sózinho. Por muito que partilhemos trilhos enquanto o percorremos. E a morte, como o nascimento, são percursos individuais e não partilháveis.

Um beijo raquel.