domingo, 25 de janeiro de 2009

Marcas do vazio









"No luto real, é a «prova da realidade» que me mostra que o objecto amado deixou de existir. No luto de amor, o objecto não está nem morto, nem afastado. Sou eu que decido que a sua imagem deve morrer (e poderei mesmo ocultar-lhe essa morte). Enquanto este estranho luto durar, terei de suportar duas dores contrárias: sofrer a presença do outro (continuando, apesar disso, a ferir-me) e entristecer-me com a sua morte (pelo menos do que eu amava)."



[Roland Barthes, in Fragmentos de um discurso amoroso]

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