«Aprendi com os jornalistas que me fazem acreditar no jornalismo que ser repórter é ir ver e ouvir sobretudo o que ninguém está a ver e ouvir. Aprendi vividamente em Israel - com amigos, na imprensa, nos livros de escritores como David Grossman ou Amos Oz - que a lucidez é uma obrigação dos fortes, particularmente daqueles que já foram fracos. (...)
E é por tudo isto que fazer da defesa de Israel a origem e a moral de uma semana de bombardeamentos da Faixa de Gaza me parece do domínio da obscenidade. E uma obscenidade que fazemos nossa - nós, os cristãos, os compassivos, que bebemos o sangue de Cristo e tanta culpa carregamos, da Inquisição, do Holocausto, de sermos cúmplices por pensamentos, palavras, actos e omissões».
Artigo de opinião de Alexandra Lucas Coelho, na edição de hoje do Público. Imperdível ler na íntegra.
1 comentário:
O texto é realmente bom - e, tão importante, bonito. Mas não partilho nem uma vírgula dele. Obsceno é o Hamas.
Infelizmente isto é uma discussão sem fim, creio.
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