quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Significâncias XI


Em finais do Verão de 2007, sou surpreendida com a chegada, ao correio, de um envelope oriundo da capital da Coreia do Sul. Descubro que um artigo meu publicado num jornal regional, de Viseu, foi citado na folha de sala e no flyer do Festival de Artes de Rua de Sowon, nas proximidades de Seul. Em causa está uma frase sobre o espectáculo Charanga, da companhia Circolando. Lá está a citação, as iniciais do meu nome profissional e a referência ao jornal onde trabalhei.
O amigo que me enviou a carta é técnico de luz, actor e encenador e, em trabalho, acompanhava a Circolando, no dito festival. Lá longe, ele lembrou-se do conceito de aldeia global: «É estranho, mas tive aquele sentimento de alegria parolo e provinciano de que Viseu estava ao meu lado do outro lado do mundo». Estamos todos perto, quando estamos dentro uns dos outros (como matrioskas) e sentimos a vida pelo avesso.

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