Imagem de Simona Carli
«Chegámos ao amor pelos mapas vincados
da solidão. Quando o veneno das últimas
memórias se diluiu no sangue (como o
orvalho se evapora nos salgueiros assim
que março começa a conspirar), o nosso
silêncio gritou para que alguém o escutasse.
Despimos, pois, as estátuas um do outro
sem o temor de perturbarmos o coração
da pedra; e descobrimos que a nudez era
a única ponte que entre nós se estendia. (...)»
[Maria do Rosário Pedreira, in Nenhum Nome Depois]
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